Planejar gastos e organizar as contas se aprende desde cedo. Por isso, incentivar a educação financeira com as crianças pode transformá-las em adultos com responsabilidade e melhor qualidade de vida.
Em uma visita qualquer ao supermercado, é comum ver as mãozinhas das crianças passeando pelas gôndolas e escolhendo um produto. Geralmente um doce ou alguma coisa com a embalagem colorida, que vai chamar a atenção delas.
Aí tem duas opções: você pede que ela devolva e explica por que não vai poder comprar. Ou, então, coloca na cesta e continua perseguindo a lista da semana.
O fato é que o contato dos pequenos com dinheiro acontece mais cedo do que as pessoas imaginam, mas a orientação para lidar com isso, não.
Atualmente, o termo educação financeira tem aparecido mais em notícias e em conversas informais, entre familiares e amigos.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o conceito de educação financeira é o processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, tornando a pessoa capaz de fazer escolhas de forma bem informada. Ou seja, é a habilidade de entender como o dinheiro funciona.
Então… por que as famílias não conversam sobre esse assunto com as crianças? Abaixo, veja por que a educação financeira infantil é tão importante para a formação da personalidade de uma pessoa – e determinante para o seu futuro.
É necessário ensinar educação financeira para as crianças?
Sim, e muito. Um estudo do Banco Central, realizado entre 2010 e 2019, mostra que jovens que tiveram aulas de educação financeira em um projeto piloto com 17 meses de duração tendem a usar 9,03% menos o cheque especial e 6,75% menos o crédito rotativo do que os que não participaram do projeto.
No ano de 2021, o Governo Federal lançou o Programa Educação Financeira nas Escolas, que tem o objetivo de oferecer aos professores cursos gratuitos de formação em educação financeira, para que o tema esteja presente nas salas de aula.
A inclusão do tópico no currículo escolar parte do princípio de que, quanto mais cedo se aprende sobre finanças, maiores as chances de criar hábitos conscientes de consumo e traçar um planejamento de vida mais equilibrado.
Em 2020, o Ministério da Educação tornou obrigatório o ensino sobre educação financeira, fazendo com que as escolas brasileiras atendam às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Com isso, o ensino fundamental deve passar a oferecer o estudo de conceitos básicos de economia e finanças, além de temas como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras, rentabilidade, investimentos e impostos. No Ensino Médio, a educação é focada na compreensão de temas mais complexos como o sistema monetário nacional e de outros países.
(*) Enviado por Luiz Fernandes Lopes, Economista
Participe enviando sua sugestão, seu artigo ou ideia de publicação para a equipe de www.caemeiros.com através do email: caemeiros@gmail.com.
J. Silva, ITZ/MA