Apesar de não possuir vinculo jurídico
algum com a CAEMA para o além do convênio de consignação das despesas dos
sócios com tira gostos e bebidas nas domingueiras da vida em seus
contracheques; a ASSERCA sempre fez e faz parte da vida dos funcionários da
CAEMA ao ponto de muitos terem ambas como uma coisa só.
A Associação sempre foi vista como
um lugar de descanso, relaxamento e diversão dos trabalhadores, ali muitos
viram seus filhos e netos crescerem e colegas de longa data nos deixarem.
Ocorre que, por mais que seja querida e faça parte da nossa vida, a ASSERCA
como qualquer instituição precisa ser cuidada física, financeira e
comercialmente.
Para não alongarmos demais o que se
pretende tratar aqui, detemo-nos naquilo que é mais imediato: um estado de
verdadeiro caos em que a ASSERCA chegou. De torrenciais goteiras no salão de
eventos a atrasos nos salários de funcionários e dívidas que transpassam a um
milhão de reais somente no âmbito de Federal. O que nos aguarda no âmbito
Estadual e Municipal é caixa de pandora que até tememos abrir ou ver aberta.
Várias gestões passaram, cada uma
dando sua fração de contribuição para as melhorias e um tanto para o caos que
se instalou. Falamos aqui de um Associação que sequer é proprietária do lugar
onde seus sócios assentam os pés. Décadas se vão sem que esforços organizados
tenham sido feitos. Paciência, tempo passado é irredimível.
Chegamos agora num impasse cujos
detalhes tratarei na segunda parte deste texto.
Em aspectos gerais todas as
formalidades necessárias para um gestão associativa regular foram burlados.
Isso nem de longe é uma exclusividade da gestão atual. Ocorre que durante anos
fez-se uma corrida maluca para apontar de quem é a culpa e o problema em si
permaneceu.
Agora, diante de uma decisão democrática
ruim, admitamos, estamos tentando substituir nossos erros por malabarismos, que
movidos por boas ou más intenções, em nada resolvem o problema da Instituição:
somente mudam a cara do rei que está sentado no trono.
Um fato simples resume muita
coisa: o estatuto da associação oscila entre o risível e o patético. Lacunar, contraditório,
“fanfarrão”, poderia se dizer e essa
piada em forma de estatuto segue cooperando para os problemas. Façamos a meia culpa,
todos nós, todas as gestões: não fizemos o que deveríamos ter feito: enxugar a
folha, refazer o estatuto, modernizar a associação para a nova face do
trabalhador da CAEMA.
Na PARTE 2 falarei de problemas
mais concretos e que estão levando aos problemas das ultimas semanas. Contudo,
fica uma reflexão: ainda temos uma Associação que foi pensada, como muitas
outras que jazem mortas, para o tempo em que andávamos de boca de sino,
entrávamos na Empresa por indicação, fumávamos e tocávamos roupa nova nos
nossos toca fitas?
Em tempo: eu odeio Roupa Nova
Fábio Pereira
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J. Silva Itz-MA