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sábado, 25 de março de 2023

A ASSERCA ENTRE O CAOS E A GUERRA – PARTE 1



            Apesar de não possuir vinculo jurídico algum com a CAEMA para o além do convênio de consignação das despesas dos sócios com tira gostos e bebidas nas domingueiras da vida em seus contracheques; a ASSERCA sempre fez e faz parte da vida dos funcionários da CAEMA ao ponto de muitos terem ambas como uma coisa só.

            A Associação sempre foi vista como um lugar de descanso, relaxamento e diversão dos trabalhadores, ali muitos viram seus filhos e netos crescerem e colegas de longa data nos deixarem. Ocorre que, por mais que seja querida e faça parte da nossa vida, a ASSERCA como qualquer instituição precisa ser cuidada física, financeira e comercialmente.

            Para não alongarmos demais o que se pretende tratar aqui, detemo-nos naquilo que é mais imediato: um estado de verdadeiro caos em que a ASSERCA chegou. De torrenciais goteiras no salão de eventos a atrasos nos salários de funcionários e dívidas que transpassam a um milhão de reais somente no âmbito de Federal. O que nos aguarda no âmbito Estadual e Municipal é caixa de pandora que até tememos abrir ou ver aberta.

             Várias gestões passaram, cada uma dando sua fração de contribuição para as melhorias e um tanto para o caos que se instalou. Falamos aqui de um Associação que sequer é proprietária do lugar onde seus sócios assentam os pés. Décadas se vão sem que esforços organizados tenham sido feitos. Paciência, tempo passado é irredimível.

            Chegamos agora num impasse cujos detalhes tratarei na segunda parte deste texto.

             Em aspectos gerais todas as formalidades necessárias para um gestão associativa regular foram burlados. Isso nem de longe é uma exclusividade da gestão atual. Ocorre que durante anos fez-se uma corrida maluca para apontar de quem é a culpa e o problema em si permaneceu.

             Agora, diante de uma decisão democrática ruim, admitamos, estamos tentando substituir nossos erros por malabarismos, que movidos por boas ou más intenções, em nada resolvem o problema da Instituição: somente mudam a cara do rei que está sentado no trono. 

               Um fato simples resume muita coisa: o estatuto da associação oscila entre o risível e o patético. Lacunar, contraditório, “fanfarrão”, poderia se dizer  e essa piada em forma de estatuto segue cooperando para os problemas. Façamos a meia culpa, todos nós, todas as gestões: não fizemos o que deveríamos ter feito: enxugar a folha, refazer o estatuto, modernizar a associação para a nova face do trabalhador da CAEMA.

              Na PARTE 2 falarei de problemas mais concretos e que estão levando aos problemas das ultimas semanas. Contudo, fica uma reflexão: ainda temos uma Associação que foi pensada, como muitas outras que jazem mortas, para o tempo em que andávamos de boca de sino, entrávamos na Empresa por indicação, fumávamos e tocávamos roupa nova nos nossos toca fitas?

               Em tempo: eu odeio Roupa Nova

Fábio Pereira



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J. Silva Itz-MA