Páginas

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Sonhos lastreados em planejamento financeiro

                                      

E, sobre transformar sonhos em realidade e planejamento para 2024… eu entendo!

Por Dirlene Silva*

Aliás, foi através do planejamento financeiro que eu consegui transformar meu grande sonho em realidade e atualmente, eu afirmo que “sou muito maior que meus sonhos”!

Me apresento como a filha da lixeira que ousou sonhar, estudar e ser economista, e por sonhar, muitas vezes, foi motivo de piadas. Te conto o motivo…

No ambiente em que eu vivia, estudar era uma ousadia e, ser economista, digamos que não era uma profissão muito associada com pessoas negras. Na verdade, a chancela de “economista” estava associada a pessoas bem-sucedidas e era uma profissão de elite nos anos 1990. Então, era considerado uma insanidade para a minha realidade.

No entanto, hoje faz parte do meu trabalho ajudar pessoas a transformar seus sonhos em realidade. Eu as ajudo a tangibilizar os sonhos, transformando-os em objetivos, fracionando estes objetivos em metas e assim, priorizando o consumo para que os objetivos e, consequentemente, os sonhos sejam conquistados.

Para que ter dinheiro?

Eu defendo que o dinheiro deve ser visto como uma ponte para nossa satisfação e felicidade e, jamais como algo doloroso.

Assim, encarar o planejamento financeiro para 2024 como uma forma de organizar os recursos para alcançar seus objetivos (ou seus sonhos), estimula a mudança de mentalidade e comportamento, e incentiva uma relação mais consciente com o dinheiro.

A partir dele, você passa a analisar com mais cautela o que pode e deve gastar, poupar e investir.

Transformando planos em ações

O planejamento financeiro para 2024 tem como base o orçamento mensal que é composto por rendimento, custos e despesas. Ele considera também a formação da reserva de emergência e investimentos baseados em seus objetivos e metas de curto, médio e longo prazo. A finalidade principal do planejamento financeiro, principalmente para 2024, é projetar o seu futuro financeiro.

É muito mais agradável seguir um planejamento financeiro que requer prioridade no que realmente importa, que pondera antes de adquirir algo e, sobretudo, que envolve renúncias e escolhas quando os seus sonhos estão em jogo.

Um exemplo é a utilização da regra 50-30-20 defendida por 10 entre 10 educadores financeiros:

  • 50% de sua renda vai para os gastos fixos e essenciais como moradia, alimentação e educação;
  • 30% com estilo de vida como roupas e lazer;
  • 20% destinado para poupança e investimentos.

Mas, se você não possui objetivos bem nítidos… qual a motivação para utilizar esta regra?

Como a própria palavra motivação diz, é preciso um motivo para a ação (motivação = motivo + ação) e os sonhos representam a motivação para seguir o planejamento financeiro.

Então, por onde começar?

Autoconhecimento é a mãe do conhecimento. Logo, comece seu planejamento para 2024 por conhecer seus sonhos e reconhecer suas capacidades financeiras.

Para apoiar você nesta tarefa de entender como o planejamento financeiro pode transformar seu sonho em realidade, deixo três dicas:


 Tangibilize os sonhos

Quais são os sonhos? Quanto custam? Para tangibilizar sonhos é necessário primeiro entender qual o valor desses sonhos e, posteriormente, traçar estratégias (ações) para torná-lo real. Indico classificá-los por curto, médio e longo prazos.

Felizmente, conquistar uma graduação hoje, não é mais um sonho quase impossível como era para mim no início dos anos 1990. Por isso, para exemplificar melhor, recorri à lista atual da Revista Exame que classifica “os maiores sonhos dos brasileiros”. Em primeiro lugar aparece viajar pelo Brasil e em segundo, ter o próprio negócio. 

Usando o exemplo de viajar: primeiro determine o lugar que deseja viajar, estabelecendo um roteiro bem detalhado (tempo de permanência, passagens, hospedagem, alimentação, passeios) para entender de qual valor você precisará para atingir este objetivo.

A partir disto, você vai fracionar os objetivos (sonhos) em metas menores, definindo tempo para atingi-las. Use ou adapte para a sua realidade a regra 50-30-20 citada anteriormente. Pois para atingir seu objetivo (sonho) será determinante priorizar o consumo.

Afinal, economia não é somente sobre economizar e investir dinheiro. Planejamento para 2024 é, sobretudo, escolhas!

Reconheça suas capacidades financeiras

Se você possui o hábito de fazer orçamento, já está no caminho certo, pois reconhecer as capacidades financeiras é ter domínio sobre as suas finanças, sabendo exatamente qual seu rendimento bruto e líquido, seu custo de vida (alimentação, aluguel/prestação casa própria, energia elétrica, água, telefone etc.) e despesas (vestuário, lazer e demais supérfluos). É importante classificá-los como custos fixos e variáveis e despesas essenciais e supérfluas.

Lembre-se: o cartão de crédito é apenas um meio de pagamento, portanto significa que tudo o que for gasto com ele deve estar no seu orçamento e deve ser controlado.

Possuir um orçamento mensal é essencial para a construção de um planejamento financeiro, pois o planejamento tem como base o orçamento, sendo que o objetivo do planejamento é justamente projetar o futuro.


 Melhores suas relações financeiras

Como é a sua relação com o dinheiro? Quem manda em quem? Você manda nele ou ele em você?

Melhorar as relações financeiras é a capacidade de analisar, questionar e avaliar estes questionamentos, reavaliando hábitos de consumo e melhorando-os. (leia meu artigo “Há diferença entre educação financeira e inteligência financeira?”)

Este ponto, inclui também, evitar gastos desnecessários, como pagar juros, seja por atraso, por utilizar limite da conta ou rotativo do cartão de crédito, pagar tarifa de manutenção de conta corrente e anuidade de cartão de crédito sem avaliar a relação custo/benefício.

Assim, minha dica é reavaliar seus gastos e antes de comprar algo levar em consideração a necessidade real do item. Para isto, apresento o teste dos 3 P’s, que é simples e tem os seguintes questionamentos:

  • Por que comprar?
  • Preciso?
  • Posso pagar?

Quando você questiona “por que comprar?”, o objetivo é testar a utilidade, a destinação para o item que está sendo comprado.

Já a segunda questão: “eu preciso”, servirá para testar a urgência. Ou seja, ter a certeza de que você precisa do item que está comprando neste exato momento.

O terceiro e último “P” vai verificar a sua real possibilidade de pagamento, significando pagar sem sacrifícios que é não utilizar o limite da conta, muito menos o rotativo do cartão de crédito ou ainda, não cumprir a meta estabelecida, tornando assim os objetivos (sonhos) mais distantes.

Como diz Augusto Cury: “Sem sonhos a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces e sem prioridades, os sonhos não se realizam”.

Desejo a você e a sua família Boas Festas e ótimo início de ano!

Saúde, muitas bênçãos e que seus sonhos e desejos para 2024 se realizem. Mas lembra-se: é ação que gera TRANSFORMAÇÃO!

O dinheiro deve ser visto como uma ponte para sua satisfação e felicidade e jamais como algo doloroso.

                                                                                 Enviado por Luiz Fernandes Lopes, Economista

Participe enviando sua sugestão, seu artigo ou ideia de publicação para a equipe de caemeiros.com através do email: caemeiros@gmail.com.

J. Silva Itz-MA

Nova regra do Banco Central: promover ações de Educação Financeira

 

 Objetivo da autoridade monetária é promover mais conhecimento sobre o tema, além de prevenir a inadimplência e o superendividamento.

Por Lígia Vieira,   

Uma resolução publicada pelo Banco Central (BC) nesta semana determina que as instituições financeiras e de pagamento promovam ações de educação financeira aos clientes. As regras começam a valer em 1º de julho do ano que vem e foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira (26).

O objetivo, segundo o BC, é que as empresas proporcionem conteúdos que contribuam para:

  • organização e planejamento do orçamento pessoal e familiar;
  • formação de poupança e resiliência financeira;
  • e prevenção à inadimplência de operações e ao superendividamento.

Daqui pra frente: Educação Financeira

Para a economista e professora de MBA da Fundação Getúlio Vargas, Carla Beni, regras como essas são fundamentais para democratizar a educação financeira.

"Essa medida do Banco Central é muito importante, porque esta é uma das funções do Banco Central, a de regular todo o sistema financeiro. E, como as instituições financeiras terão obrigação de fornecer informações e fazer acompanhamento, isso vai ser uma grande mudança importantíssima para saúde financeira das pessoas físicas e jurídicas", explica.

Além disso, a especialista considera que todo o tipo de informação que possa esclarecer serviços é fundamental para o cliente.

"Uma das grandes dificuldades, com relação à educação financeira, que pode e deve ser melhorada, é que o cliente vai saber quanto que está sendo cobrado dele. E quanto mais educação financeira a pessoa tem, ela consegue saber a diferença entre uma taxa ao mês, uma taxa ao ano, o que é uma taxa de administração, por exemplo", completou Carla.

Ainda segundo a autoridade monetária, as instituições devem garantir o amplo alcance das ações e "disponibilizar conteúdo e ferramentas, em linguagem, canal e momento mais adequados frente às características e às necessidades de educação financeira dos clientes e usuários, considerando o perfil do público-alvo".

A partir dessas determinações, as instituições financeiras deverão criar mecanismos de acompanhamento e controle para assegurar a implementação e efetividade das medidas. Além disso, cada uma deve indicar ao Banco Central um diretor responsável pelo cumprimento das obrigações.

                                                                         Enviado por Luiz Fernandes Lopes, Economista

Participe enviando sua sugestão, seu artigo ou ideia de publicação para a equipe de caemeiros.com através do email: caemeiros@gmail.com.

J. Silva Itz-MA