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domingo, 16 de julho de 2023

Deflação em junho: preços caem puxados por alimentos, produtos industriais e combustíveis

 


                                                                                                                           Artigo de Raquel de Sá

O IPCA, nosso principal indicador de inflação ao consumidor, registrou queda de 0,08% em junho, levando o acumulado em doze meses a desacelerar para 3,16%. A queda deve ser pontual, e os preços seguem pressionados no setor de serviços – ainda indicando cautela adiante.  

A inflação medida pelo IPCA, nosso principal indicador de preços ao consumidor, registrou queda de 0,08% em junho de 2023. O resultado mensal levou o índice para 3,16% no acumulado em doze meses, desacelerando em relação ao observado em maio – quando estava em 3,94%.

Normalização global, alimentos, moeda e juros altos enfraquecem inflação

A inflação em queda por aqui reflete movimentos globais, especialmente a normalização e reequilíbrio de choques recentes (pandemia, guerra) e o processo em curso de alta de juros em países desenvolvidos – que desaquece a economia global, reduzindo a pressão sobre preços como os de commodities. O petróleo, por exemplo, caiu de 125 dólares o barril em junho do ano passado para 78 dólares hoje (10 de julho de 2023).

A queda dos preços de alimentos no mundo também tem contribuído para esse movimento, na esteira de questões climáticas e forte produção – como observado no Brasil.

A valorização recente do real – também tem ajudado no controle da inflação. Afinal, grande parte do que consumimos é importado ou possui partes importadas (como nosso pãozinho diário, que usa farinha importada), fazendo com que o valor da nossa taxa de câmbio seja um componente bastante importante para a inflação.

Finalmente, o enfraquecimento da inflação no Brasil também é reflexo da taxa de juros em patamar contracionista – ou seja, que tem como objetivo desaquecer a economia e reduzir a pressão sobre os preços. Como detalhamos aqui, a nossa básica de juros está em 13,75% desde outubro de 2022.  

Vale destacar, entretanto, que parte importante da queda da inflação acumulada em doze meses vista nos últimos meses reflete o que chamamos de “efeito base”. Isso porque a redução de impostos implementada ano passado (afetando o preço de combustíveis, energia e telecomunicações) exerce uma espécie de “pressão oposta” na conta acumulada ao longo do último ano – impactando os resultados entre abril e junho desse ano, ao registrar parte dessa queda artificial.

Deflação é pontual, e serviços ainda preocupam

O resultado de junho veio um pouco acima do esperado pela maior parte dos analistas de mercado, que projetavam queda de 0,1%.

Conforme esperado, a deflação de junho em relação a maio foi puxada por:

1.  automóveis novos, que caíram 2,8% no mês como reflexo do programa de incentivos do governo federal, mas ficando abaixo do esperado por analistas;

2. gasolina e gás de cozinha – na esteira da redução de combustíveis anunciada pela Petrobras em meados de junho; e

3. alimentos, com destaque para carnes (que caíram 2,1%), leite e derivados (-1,28%), frutas (-3,38%) e óleos e gorduras (-5,32%).

Mas a deflação no mês não significa que outros preços não seguiram em alta. Preço de aluguéis e taxas (com alta de 1,24%), passagem aérea (que subiu 10,96%), e energia elétrica (com elevação de 1,17%) ilustram esse movimento.

Além disso, o enfraquecimento da inflação em bens industriais e alimentos não tem seguido o mesmo ritmo no setor de serviços. Alimentados por uma demanda ainda aquecida, os preços no setor – que inclui de serviços de streaming, a manicures, restaurantes e cinemas – seguem acelerando ao ritmo de aproximadamente 7,0% ao ano. Ou seja, muito acima da meta do Banco Central de 3,25% para o ano, e do patamar que vemos nos bens de um modo geral.

Para ilustrar, em junho, a medida chamada de “serviços subjacentes” – que exclui preços mais voláteis como hotéis, passagens aéreas e tarifas de internet – subiu 0,62%, bem acima das projeções. 

O que esperar? 

Para o dia a dia dos brasileiros, o processo de desinflação observado nos últimos meses ajudou a reduzir a sensação de perda do poder de compra. Os resultados vistos nos últimos meses reforçam esse cenário, em que o “primeiro estágio” da desinflação no Brasil, puxado por alimentos e bens industriais, tem sido bem-sucedido e parece caminhar para o fim.

Porém, a persistência da alta de preços ainda forte em alguns itens, especialmente no setor de serviços atenua essa percepção. Ou seja, o “segundo estágio” de desinflação está longe de ser concluído.

Esse cenário reflete que a inflação perdeu força, mas ainda não saiu do radar dos brasileiros – e nem do Banco Central, que optou por manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% em sua última reunião, em junho. Assim, vemos o Banco Central começando a reduzir a taxa Selic em agosto, mas a passos graduais, encerrando o ano de 2023 em 12,00%.

Após atingir o que entendemos ser o menor valor do ano (no acumulado em doze meses) em junho, projetamos que o IPCA reacelere gradualmente até dezembro, encerrando 2023 em 4,7%.

Adiante, vemos a inflação seguindo em patamar relativamente mais baixo do que o visto esse ano, mas ainda acima da meta do Banco Central (de 3,00% em 2024) – encerrando 2024 em 4,1%.

Enviado por Luiz Fernandes Lopes, Economista

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                                                                                                                                             J. Silva, ITZ/MA



sábado, 8 de julho de 2023

A meritocracia desempenha um papel fundamental na promoção do crescimento e sucesso de uma empresa.

 

A meritocracia desempenha um papel fundamental na promoção do crescimento e sucesso de uma empresa. Ela estabelece um ambiente de trabalho justo e transparente, onde as recompensas e oportunidades são baseadas no mérito e no desempenho individual. Aqui estão alguns benefícios da meritocracia para uma empresa:

1. Estímulo à excelência: A meritocracia incentiva os funcionários a se esforçarem para alcançar resultados excepcionais. Ao saber que suas conquistas serão reconhecidas e recompensadas, os colaboradores são motivados a buscar constantemente a excelência em suas atividades, o que impulsiona o desempenho geral da empresa.

 


2. Atração e retenção de talentos: A meritocracia cria um ambiente atraente para profissionais talentosos. Ao oferecer oportunidades de progresso com base no mérito, a empresa se torna um destino para os melhores profissionais em busca de crescimento e reconhecimento. Além disso, a recompensa baseada no desempenho ajuda a reter talentos valiosos, uma vez que eles se sentem valorizados e motivados a continuar contribuindo para o sucesso da organização.

3. Justiça e transparência: A meritocracia estabelece um sistema justo e transparente, onde as promoções e recompensas são atribuídas com base no mérito e não em favoritismos ou políticas internas. Isso cria um ambiente de trabalho mais equitativo, onde os funcionários confiam no sistema e se sentem motivados a se dedicar ao seu trabalho, sabendo que serão recompensados de acordo com seus esforços.

4. Inovação e criatividade: A meritocracia encoraja a busca por ideias inovadoras e criativas. Ao valorizar o desempenho individual, a empresa incentiva os colaboradores a se destacarem através da proposição de soluções inovadoras e abordagens criativas para os desafios do negócio. Esse ambiente propício à inovação promove o crescimento e a adaptação da empresa em um mundo empresarial em constante evolução.

5. Produtividade e eficiência: A meritocracia está diretamente ligada ao aumento da produtividade e eficiência. Quando os colaboradores sabem que serão recompensados com base em seus resultados, eles tendem a se empenhar mais, aumentando a produtividade da equipe e da empresa como um todo. Além disso, a meritocracia ajuda a identificar e reconhecer os talentos mais eficientes, permitindo a alocação de recursos de forma mais inteligente e estratégica.

                                                

6. Desenvolvimento de competências: A meritocracia incentiva o desenvolvimento contínuo das competências dos funcionários. Ao estabelecer critérios claros de avaliação e recompensas com base no desempenho, os colaboradores são motivados a aprimorar suas habilidades e conhecimentos, buscando constantemente o crescimento profissional. Isso leva a uma equipe mais qualificada e preparada para enfrentar desafios e impulsionar a empresa rumo ao sucesso.

7. Cultura de aprendizado e feedback: A meritocracia cria uma cultura organizacional que valoriza o aprendizado e o feedback construtivo. Os funcionários são encorajados a buscar constantemente o aprimoramento de suas habilidades, enquanto os líderes e gestores desempenham um papel fundamental ao fornecer orientação e feedback para o crescimento individual. Essa troca constante de informações promove um ambiente de aprendizado mútuo e melhoria contínua.

8. Redução da complacência: A meritocracia evita a complacência e a estagnação dentro da empresa. Ao estabelecer um sistema de recompensas baseado no mérito, os funcionários não podem simplesmente se acomodar em suas conquistas passadas. Eles são incentivados a manter um desempenho consistente e a buscar constantemente novos desafios e metas mais ambiciosas. Isso contribui para a renovação e crescimento contínuos da empresa, evitando a estagnação e a falta de progresso.

9. Alinhamento com os objetivos da empresa: A meritocracia permite que a empresa alinhe melhor os esforços individuais com os objetivos organizacionais. Ao estabelecer critérios de avaliação baseados nos resultados que contribuem diretamente para o sucesso da empresa, os funcionários têm uma compreensão clara de como seu desempenho afeta o desempenho geral da organização. Isso cria um senso de propósito e direcionamento, garantindo que todos estejam trabalhando em prol dos mesmos objetivos.



Em conclusão, a meritocracia oferece uma série de benefícios para uma empresa, incluindo estímulo à excelência, atração e retenção de talentos, justiça e transparência, inovação e criatividade, produtividade e eficiência, desenvolvimento de competências, cultura de aprendizado, redução da complacência e alinhamento com os objetivos da empresa. Ao implementar um sistema de meritocracia, as empresas podem promover um ambiente de trabalho motivador, equitativo e orientado para o sucesso.

Enviado por Tiago Cruz Alencar, apaixonado por números  - Graduado em Matemática pela UEMA, pós graduado em Ensino de Matemática e cursando Mestrado Profissional em Matemática - UFMA/PROFMAT, Atendente Comercial e Coordenador Comercial da Gerência de Coroatá

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  J. Silva, ITZ/MA